ABSTRACT
A consolidaçäo do automóvel como meio de transporte e a violência urbana, em conflitos armados ou näo, säo fatores que participam no aumento da incidência de lesäo pancreática secundária a trauma abdominal. Ainda que situado profundamente na cavidade abdminal, protegido pelo fígado e outras estruturas, o pâncreas é vulnerável diante das feridas penetrantes, tanto por projetil de arma de fogo ou por arma branca e nos traumas abdominais fechados, produzidos principalmente por colisäo de veículos. Durante três anos, os autores estudaram e analisaram vinte e quatro pacientes com lesäo pancreática atendidos no Serviço de Emergência do Hospital Regional da Ceilândia, cidade satélite de Brasília. Foram revistos a natureza e agentes etiológicos das lessöes, as compliaçöes e os procedimentos cirúrgicos adotados. Finalmente, discutem-se os resultados e conclui-se pela necessidade da adoçäo sistemática de alguns princípios básicos que devem rigorosamente nortear a conduçäo do tratamento destas lesöes de evoluçäo incerta